saiba mais, seu curioso (a)
Lenora, Cira e Zaya habitam a mesma casa, embora suas existências estejam separadas por dimensões distintas. Cada uma em seu espaço, elas se encontram quando o véu deste multiverso poético se estreita, permitindo que se toquem através do efêmero. Elas não sabem, mas dentro dessa casa sentem que suas histórias, desabafos e poesias, são atenuados e antes de se darem conta, acabam tecendo versos que decoram as paredes da casa. O espírito que construiu esta casa com suas próprias mãos, já é um fantasma, que vaga entre elas e é através delas que ele renasce, ganhando forma e sentido. As palavras que flutuam no ar, os silêncios que se fazem presentes, tudo é uma extensão desse ser que, embora não esteja presente de forma física, nunca se desvanece. Cada uma delas traz à tona um fragmento da alma deste espírito, dando voz aos seus silêncios, ouvindo ecos de uma vida que já se foi, refletindo suas próprias vivências e sentimentos, suas contradições, transformando o vazio da morte em uma dança de palavras e memórias.